Estamos entrando no "Agosto Dourado", mês dedicado à intensificação das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. A campanha lembra a todos que ampliação dessa prática é, ainda, um grande desafio para profissionais de saúde, mães e sociedade.
Estabelecida desde 1992 pela World Alliance for Breastfeeding Action (WABA), a campanha tem o objetivo de facilitar e fortalecer a mobilização social para a importância da amamentação. Ela já envolve mais de 150 países, considerando-se as iniciativas e esforços globais relacionados com o tema. Em 2017, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), utilizando como base a “Semana Mundial de Aleitamento Materno” (comemorada de 1 a 7 de agosto), instituiu que todos os dias do mês de agosto fossem dedicados a incentivar e estimular a amamentação.
A cor escolhida (dourado) está associada ao "padrão ouro de qualidade" que caracteriza o Leite Humano como o melhor alimento para o bebê, desde o seu nascimento, e a Amamentação como prática fundamental para garantir a vida.
Para comemorar o Agosto Dourado e a Semana Mundial de Aleitamento Materno de 2020 o tema escolhido pela Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno foi: “Apoie o aleitamento materno por um planeta saudável” (WABA,2020). O tema de 2020 foi definido de acordo com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável (Agenda for Sustainable Development) que é um plano de ação global para o desenvolvimento humano sem destruição da natureza.
A amamentação é um excelente exemplo das profundas conexões entre a saúde humana e os ecossistemas. O leite materno é um alimento natural e renovável, ambientalmente seguro e ecológico, porque é produzido e entregue ao consumidor com o mínimo de poluição, embalagem ou desperdício.
A partir dessa boa prática de aleitamento, é possível, por exemplo, reduzir a contaminação da água e o do solo pela redução do lixo gerado pelas latas de leite, plásticos das mamadeiras e bicos de borracha, que são materiais com decomposição lenta, ou seja, poluirão o planeta por muitos anos.
Desta forma, a campanha deste ano evidencia os impactos sociais diretos ou indiretos da amamentação nas mudanças climáticas e na necessidade urgente de proteger, promover e apoiar o aleitamento materno para a saúde do planeta e de seu povo.
A campanha, no ano de 2019, também em consonância com este ano, relacionou a proteção social de mães e pais com igualdade de gênero apoiou-se nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Todos devem trabalhar, juntos, para tornar isso uma realidade na qual seja possível o aleitamento materno exclusivo até os seis meses, e de forma complementada até os 02 anos de vida.
Benefícios
A amamentação exclusiva com leite humano, até os seis meses de idade, é preconizada mundialmente, sendo um dos fatores de redução da mortalidade infantil.
O leite materno é o alimento mais completo para o bebê, nos primeiros seis meses de vida para garantir o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê, e de forma complementar até os 02 anos de idade.
O
leite materno:
- Hidrata o bebê
- Tem a quantidade ideal de
calorias, minerais, vitaminas, proteínas e gorduras;
- Leva anticorpos para o
bebê, é fator de proteção imunológica;
- Está sempre pronto e na
temperatura correta;
- De fácil ingestão e digestão
e tem menos chances de provocar cólicas, diarreias e infecções respiratórias
- Diminui os riscos de alergias
- Diminui os riscos do bebê
desenvolver obesidade, diabetes e hipertensão
- Melhora o desenvolvimento
da boca da criança
A
amamentação para a mamãe:
- Previne hemorragia no
pós-parto;
- Ajuda a perder o peso
adquirido na gestação;
- Reduz o risco de câncer de
mama e de ovário.
- Fortalece a relação mãe e
filho
Orientações:
· Não utilize cremes e pomadas na parte escura da mama (aréola e mamilo).
· Seios: as mamas ficam maiores, as aréolas (parte escura
da mama) tornam-se mais escuras e resistentes pela ação dos hormônios. Se for
possível, use sutiã confortável, de alça larga, preferindo o de algodão.
· Primeiro
contato:
É indicado
que ainda na sala de parto, logo após o nascimento, mãe e bebê entrem em
contato pele a pele para oportunizar a amamentação na primeira meia hora de
vida. É nesse momento, com o contato pele a pele, o toque suave do corpo do
bebê sobre o da mãe e em especial sobre o peito, que estimulam na mulher a
liberação de um hormônio (ocitocina)